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SOBRE O PORQUE CONSIDERO EQUIVOCADO AGITAR A PALAVRA DE ORDEM ELEIÇÕES DIRETAS. (extrato de um debate que fiz no face)


Não defendo Maia como alternativa e muito menos que esse Congresso que ai está, corrupto, exterminador de direitos e sem legitimidade para aprovar reformas (qual foi o deputado ou senador que se elegeu com a proposta de acabar com a CLT e com a aposentadoria?!) eleja presidente do país.

O que estou dizendo que NESTE MOMENTO é equivocado, e muito pouco limitado, agitar como saída a bandeira das DIRETAS JÁ.

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Não sou contra eleições diretas, longe disso, o voto direto é um direito alienável do povo. O que sou contra é que, no momento histórico que estamos vivendo, no qual se faz necessário convergir todas as energias do movimento dos trabalhadores e dos movimentos sociais para derrotar as reformas trabalhista e previdenciária, bem como para revogar a lei das terceirizações, se agitar eleições diretas, como solução para tais problemas, é errado, pois vende a falsa ilusão que só basta votar para tudo se revolver, quando em verdade, sem luta, sem mobilizações, sem povo na rua, o voto não serve para mudar as estruturas de poder que ai estão colocadas, carcomidas pela corrupção, mas a serviço de explorar mais e mais o povo trabalhador, entendo como tal, não apenas o operário de macacão, mas todos que vivemos do produto de nosso trabalho.

O que é necessário, portanto, são mobilizações permanentes que traga o povo pobre, o povo trabalhador deste país, para as (pois toda a rupturas progressivas da ordem colocada, vida de regra, se fizeram com o povo na rua). São necessárias mobilizações para derrotar as reformas e por abaixo esse governo corrupto e este congresso assecla de Temer e, se possível for, construir alternativas de poder.

Se assim agir o movimento dos trabalhadores e mesmo assim as mobilizações não forem fortes o suficientes para construção de alternativas, ai sim será a hora, após as batalhas contras as reformas estarem sendo travadas, caso a realidade nos imponha o debate das eleições (numa queda de Temer) discutir a consigna das eleições.

Entretanto, esse debate não poderia se limitar a questão das eleições diretas, mas sim tem que se travado, defendendo eleições gerais (que seriam eleições diretas para presidente, deputados e senadores), pois afinal, Temer não chafurda na lama da corrupção sozinho. Temer não rouba nossos direitos sozinho. Temer opera uma quadrilha que tem no Congresso Nacional parte significativa de seus meliantes.

Contido, a turma que está defendendo eleições diretas hoje, infelizmente, o faz para desviar o foco da luta contra as reformas para as eleições presidenciais, como forma de lançar, desde já candidatura do Lula, que conforme matéria que já publiquei aqui no meu face (clique aqui pra ler) , disse que não revogará as reformas da previdência e trabalhista em curso, caso seja novamente eleito presidente.

Esse é o debate real. O resto é tergiversação.

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